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Inflação cai na China e acende temor de desaceleração

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Enquanto o mundo se preocupa com pressões de alta na inflação, a China tem vivido o problema oposto, com novos dados de preços no país mostrando que a economia pode estar desacelerando de forma rápida.

Segundo dados oficiais divulgados nesta sexta-feira (9/6), a inflação ao produtor na China caiu 4,6% em maio no acumulado em 12 meses. É a maior queda em sete anos (quando havia sido de mais de 7%, em 2016).

O resultado veio abaixo das expectativas do mercado (de 4,3%). Em abril, o índice já havia tido forte deflação, de 3,6%.

Já a inflação ao consumidor, também divulgada hoje, subiu 0,2% em maio no acumulado em 12 meses e caiu 0,2% no dado mensal, na comparação com o mês imediatamente anterior. O resultado também veio abaixo das expectativas do mercado.

Recuperação lenta

Após a divulgação, a cotação do yuan, a moeda chinesa, operava em leve baixa em relação ao dólar. As bolsas em Xangai e Shenzhen fecharam próximas da estabilidade.

A economia chinesa tem tido dificuldade em voltar à marcha de alto crescimento, mesmo após o fim das restrições pela Covid-19. O risco de o país fechar o ano em deflação, nesse caso, é uma notícia negativa para a economia em Pequim.

A meta do governo chinês é ter crescimento de 5% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023.

Os mercados aguardam algum anúncio de estímulo fiscal ou monetário (como um ainda improvável corte na taxa de juros chinesa), mas o governo chinês não tem dado sinais, por ora, de que alguma medida está no radar imediato.

O escritório oficial de estatísticas do governo chinês atribuiu os números a uma economia global fraca e queda nos preços das commodities e demanda internacional.

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