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Investimento em segurança leva RN a registrar queda histórica na criminalidade

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Os dados oficiais mais recentes apontam para melhorias na área de segurança pública no Rio Grande do Norte, com redução de crimes contra a vida humana e contra o patrimônio. Além disso, Natal figurou como a capital mais segura do Nordeste brasileiro em número de mortes violentas intencionais em 2024. Tais índices foram divulgados pela Secretaria de Estado da Segurança Pública e da Defesa Social (Sesed/RN).

Segundo dados do Sistema Nacional de Indicadores da Segurança Pública, do Ministério da Justiça e Segurança Pública, a capital potiguar registrou uma taxa de 10,82 casos de homicídio por 100 mil habitantes, próxima ao considerado “tolerável” pela Organização Mundial da Saúde, que é de 10,00. A maior taxa entre capitais do Nordeste ficou com Recife (PE), 37,03 homicídios, e a segunda menor ocorreu em São Luís (MA), com 15,72 homicídios.

Natal também se destacou no cenário regional com a menor taxa de Crimes Violentos Letais Intencionais, de 12,86%. Recife apareceu com o maior índice, de 39,18%, e São Luís ficou com a segunda menor taxa: 17,46%. Ademais, o mês de janeiro de 2025, conforme a Sesed/RN, registrou reduções nos índices de roubos e de mortes violentas em comparação com o mesmo mês do ano passado. Confira abaixo.

Para o advogado Paulo Pinheiro, presidente da Comissão de Segurança Pública e Política Carcerária da OAB/RN, a sensação de segurança nas ruas potiguares é perceptível. De acordo com o advogado, o cenário é positivo e sinaliza uma “diminuição drástica” nos crimes dolosos contra a vida e o patrimônio.

Como possíveis causas dessa segurança, ele destaca os investimentos realizados pelo governo estadual nas forças de segurança, a exemplo de recursos materiais, concursos para a polícia e capacitação profissional dos agentes.

Advogado cita a capacitação dos agentes como um incentivo à segurança pública / Foto: acervo pessoal

““Vemos nitidamente que o governo tem tido uma atenção especial para as forças de segurança. Os concursos não existiam há mais de 12 anos e foram implementados na gestão da governadora Fátima Bezerra (PT). Aliado a isso, (vemos) a implementação de material, como viaturas, coletes, armamentos, e cursos de formação para esses policiais prestarem um serviço adequado para a sociedade”, pontua.

De acordo com Pinheiro, as fake news ainda são um desafio, pois podem gerar pânico nas pessoas que acreditam em mentiras nas redes sociais. “Nos preocupa muito a questão das fake news, que, por consequência, geram desinformação e muitas vezes até pânico na população. O que a gente sempre orienta é, realmente, ter cuidado com essas notícias, checar efetivamente se partem de uma fonte segura e oficial”, diz.

Melhorias no cenário passam pelo sistema prisional

Na avaliação do advogado, o sistema prisional, hoje, é controlado de forma efetiva pelas forças de segurança, o que também colabora para a redução de crimes no estado. A Secretaria de Estado da Administração Penitenciária (Seap/RN) é quem administra esse sistema.

Pinheiro cita os dados colhidos pela Seap/RN que indicam que o Rio Grande do Norte é o estado do Nordeste com menor número de entrada de celulares nas unidades prisionais. “Isso aumenta o grau de segurança dessas unidades e reflete diretamente aqui fora, junto com a sociedade”, diz ele.

O advogado afirma que a modificação no cenário da segurança no RN é nítida, e deve se manter caso as políticas empregadas continuem. Ele afirma que as investigações estão mais céleres hoje, devido aos sistemas de inteligência. “Nos casos em que há esse tipo de crime, há uma elucidação muito célere e muito rápida por parte das forças de segurança. Isso é muito importante também, porque coíbe esse tipo de comportamento criminoso”adiciona. Já os desafios da segurança, segundo ele, são nacionais.

““É preciso continuar investindo nas forças de segurança, com qualificação técnica, com cursos para os policiais, investir em infraestrutura, valorizar a carreira dos servidores de segurança pública. Eu acredito que, diante desse cenário e com a implementação dessa política, as coisas efetivamente tendem a caminhar para melhor”, frisa.

A comissão da qual Pinheiro é presidente atua em colaboração com as forças de segurança, acompanhando e fiscalizando para que as legislações sejam cumpridas.

Sesed/RN: dados mais recentes

Dados divulgados pela Sesed/RN nesta semana apontam para reduções nos índices de roubos e de mortes violentas no RN em janeiro. Em comparação com janeiro de 2024, houve 5,6% menos assaltos a residências e 30,1% menos crimes ocorridos em via pública. Nos casos de roubo a estabelecimentos comerciais, a queda foi maior: – 31,8%.

Foram registrados 747 assaltos em via pública em todo o RN ao longo de janeiro de 2024. Em 2025, foram 522. Nos casos de roubos a residência, foram registrados 71 crimes em janeiro de 2024 e 67 em janeiro de 2025. Já nos assaltos em lojas ou pontos comerciais, as ocorrências registradas caíram de 66 para 45.

Já quanto às mortes violentas intencionais – que podem ser latrocínio, homicídio doloso, feminicídio e lesão corporal seguida de morte -, o estado registrou redução de 9,9% nos meses de janeiro de 2024 e 2025. Segundo a Sesed/RN, 91 pessoas foram assassinadas em janeiro de 2024. Já em 2025, foram 82 ocorrências no mesmo período, ou seja, 9 mortes a menos.

De acordo com informações da Sesed/RN, este foi o mês de janeiro menos violento de uma série histórica iniciada em 2011, quando 84 pessoas foram assassinadas no RN. Os meses de janeiro de 2017 e 2018 foram os mais violentos, com 212 mortes em ambos.

Além disso, o estado encerrou 2024 com o menor número de mortes violentas de toda a série histórica, com 835 mortes. O número caiu 20% em relação ao ano de 2023, quando registrou 1.045 assassinatos, conforme a Sesed/RN. O ano de 2017 foi o pior, com 2.412 pessoas assassinadas.

De acordo com a pasta, as informações são contabilizadas e consolidadas pela Coordenadoria de Informações Estatísticas e Análises Criminais. Após o processo, a COINE compartilha as informações com o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) e com o Ministério Público Estadual (MPRN).

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