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Leilões rendem R$ 6,057 milhões e volume supera em 63,4% o de 2022

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A 61ª edição da Festa do Boi, em Parnamirim, movimentou em seis dos sete leilões programados para a feira de exposição mais de R$ 6,057 milhões. O montante indica um crescimento de 63,71% em relação aos R$ 3,7 milhões de negócios fechados nos quatro leilões realizados em 2022. Os dados são da Associação Norte Riograndense de Criadores (Anorc), atualizados neste sábado, e incluem venda de bovinos, caprinos e cavalos. O último leilão bovino com 42 lotes – Pérolas do Nordeste – ocorreu na noite da sexta-feira (14), movimentando R$ 1,159 milhão. O balanço com todos os números referentes à edição de 2023 será feito nesta segunda-feira (16).

Dos dois leilões de caprinos programados para a festa, com encerramento neste sábado (14), o primeiro rendeu R$ 488 mil e o último acontece nesse último dia do evento. Matheus França, presidente da Anorc, festeja o sucesso da feira de exposições e já planeja a próxima edição. “Estamos alcançando os objetivos e vendo o que a gente pode melhorar para o próximo ano e o que precisa ser corrigido para fazermos uma festa cada vez melhor”, afirma. Este é o primeiro ano de França à frente da Festa do Boi, uma das mais importantes do País no setor agropecuário.

A relação dele com a feira, no entanto, é bem mais antiga. “Trabalho no evento desde 2009 e visito a festa desde sempre, onde a essência da pecuária, o clima rural e a família são os destaques. Estar a frente é um desafio gostoso de se enfrentar, uma vez que eu vivo a pecuária no dia a dia”, revela. Para o secretário executivo da Anorc, Eduardo Melo, os motivos para festejar são diversos. “Temos feito o dever de casa e isso é motivo de orgulho. Aqui, vários negócios são realizados e todos saem satisfeitos”, pontua Melo.

Em 2023, a boa qualidade da genética potiguar ficou em evidência na Festa do Boi. Uma prova disso, de acordo com a Anorc, são os negócios firmados durante os leilões. Já no primeiro dia do evento, o retorno do leilão da Associação Norte-Riograndense de Criadores de Cavalos Quarto de Milha (ANQM) movimentou mais de R$ 1,6 milhão. O evento contou também com os leilões da Emparn e convidados (com movimentação em torno de R$ 400 mil); Genética Potiguar (com R$ 640 mil ); e Sindi (mais de R$ 1,7 milhão).“Todos os leilões faturaram muito bem. Tivemos o retorno da ANQM, que superou todas as edições anteriores. O Sindi, por sua vez, saiu de um faturamento de R$ 900 mil no ano passado para R$ 1,7 milhão em 2023.

Isso mostra que as metas estão sendo superadas”, comemora Matheus França. “Teve animal sendo vendido por mais de R$ 120 mil. Isso ratifica que o Rio Grande do Norte faz a melhor exposição agropecuária do Norte e Nordeste e uma das grandes do Brasil e que a boa genética daqui é uma realidade”, completa Eduardo Melo.

Além dos negócios, outros números têm se mostrado animadores. O fluxo de visitantes é um deles. “Até a quarta-feira, nós estávamos com um crescimento de público de 15% em relação aos primeiros dias de evento de 2022. Toda hora, o Parque está cheio. Isso é sinal que a feira está fluindo e as pessoas estão satisfeitas e devem ficar com um gostinho de quero mais”, aponta Melo.

Expositores celebram sucesso da Festa

A presença de animais durante a Festa do Boi 2023 também superou as edições anteriores, com mais de 4 mil bovinos, equinos e caprinos. Com isso, a venda de insumos, medicamentos e serviços relacionados ao melhoramento da genética animal, encontram espaço para realizar bons negócios. É o caso da KM Assessoria e Representações que, na sexta-feira, havia praticamente zerado o estoque levado para a feira.

A KM é uma empresa com sede em Passa e Fica, no Agreste Potiguar, que presta assessoria técnica a empresas e propriedades rurais. Para a Festa do Boi, além da exposição de caprinos, diferentes marcas de rações e medicamentos foram apresentadas pela empresa, em um dos estandes do Parque Aristófane Fernandes.

“É a terceira vez que a gente expõe. A festa este ano está batendo recordes de caprinos e bovinos e, para as nossa vendas, está sendo excelente. Este ano trouxemos um estoque maior para vendas e já zeramos praticamente tudo. E tem um ponto a se prestar atenção: ter um pós-venda é mais importante do que a venda que ocorre aqui. E desse modo, a gente sai depois nas fazendas acompanhando nossos clientes para conseguir melhores resultados”, frisa Victor Henneg, zootecnista da KM.

Armando Luís, da Casa dos Fazendeiros, concorda: “Graças ao evento, nosso portfólio aumenta a cada ano, com bons negócios após a festa. Isso é comprovado ao longo de mais de duas décadas que a empresa expõe por aqui. Então, além da comercialização direta com o produtor, o intuito maior é fazer contatos, divulgar a empresa e criar parcerias”, comenta. A Casa da Fazenda oferece ração para animais de grande porte e pets, farmácia, além de produtos de couro voltados para o universo do campo.

Eduardo Melo, da Anorc, frisa que vários outros negócios ganham com a festa. “Me refiro ao cara que vende cachorro quente ou pipoca, por exemplo. Os restaurantes funcionaram lotados. Temos a exposição do Sebrae, a melhor do Brasil dentre todas as feiras de exposição do País. A festa do Boi proporciona ao pecuarista e à sociedade uma experiência que faz com que as pessoas tenham vontade de retornar”, sublinha.

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