O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), disse nesta quarta-feira (14) que o Governo Federal aceitou restringir os voos para o aeroporto Santos Dumont apenas para os vindos de Brasília e do aeroporto de Congonhas, em São Paulo.
Segundo ele, que falou depois de se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a medida vai ajudar o Galeão a voltar a ter relevância.
“A gente vinha pedindo ao governo desde o início, pedimos muito do governo Bolsonaro, não foi atendido. E, hoje, o presidente decidiu o que vai fazer. A gente [ainda] vai decidir data, mas o aeroporto Santos Dumont passará a ser tão somente para a ponte aérea de São Paulo-Congonhas e Rio-Brasília”, afirmou.
Debate em abril
O pleito da prefeitura e do governo do Rio de Janeiro para reduzir os voos do Santos Dumont já havia sido levado ao governo federal em abril.
À época, o secretário da Casa Civil do Estado, Nicola Miccione, disse que a pasta iria pedir a limitação do movimento anual de passageiros para no máximo 8 milhões. Segundo ele, a capacidade atual do aeroporto, de 15,3 milhões de passageiros ao ano, “canibaliza” o funcionamento do maior aeroporto do Estado.
A Infraero ampliou a capacidade do Santos Dumont para 15,3 milhões de passageiros –alta de 55% sobre os 9,9 milhões antes atestados pela administradora. Esse aumento é só nos números, já que não foram anunciados planos de ampliação operacional do aeroporto. O anúncio foi realizado depois que o total de passageiros de 2022 (10,2 milhões) indicou a sobrecarga.
Segundo Paes, não foi tratada na reunião com Lula a concessão do Santos Dumont. Há um pedido também das administrações municipal e estadual para uma gestão compartilhada no aeroporto, que está sob o comando da Infraero.
A ideia seria dividir a gestão entre União, Estado e município. Segundo o governador do Rio, Claudio Castro (PL)), que também se reuniu com o petista, Lula teria gostado da proposta e irá conversar com o ministro da Fazenda, Fernando Haadad, sobre o tema.