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Lula diz que BNDES vai voltar a financiar projetos para ‘ajudar’ países vizinhos a crescer

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Lula afirmou que tinha orgulho de quando o banco de desenvolvimento brasileiro financiava obras na América do Sul e nos países africanos

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta segunda-feira 23, a empresários em Buenos Aires, que o BNDES vai voltar a financiar projetos de engenharia para ajudar empresas brasileiras no exterior e “países vizinhos a crescer”.

Como exemplo, o presidente brasileiro defendeu o financiamento da obra de um gasoduto para transportar gás natural produzido no campo de Vaca Muerta, localizado na Província de Neuquén, a oeste da região da Patagônia, até o Brasil. Lula disse que os empresários brasileiros têm interesse no gasoduto Néstor Kirchner, assim como nos fertilizantes.

“O BNDES vai voltar a financiar as relações comerciais do Brasil e vai voltar a financiar projetos de engenharia para ajudar empresas brasileiras no exterior. E para ajudar que países vizinhos possam crescer e até vender resultado desse enriquecimento para países como Brasil”, afirmou o petista. “O Brasil parou de compartilhar a possibilidade de crescimento com outros países”.

No discurso após se encontrar com o presidente argentino Alberto Fernández, Lula afirmou que tinha orgulho de quando o banco de desenvolvimento brasileiro financiava obras na América do Sul e nos países africanos. “Porque é isso que os países maiores têm que fazer, tentando auxiliar os países que têm menos condição em determinado momento histórico”.

As declarações devolvem ao centro das atenções um dos itens mais criticados no papel agigantado que a instituição de fomento assumiu nos governos anteriores do PT. Presença constante nos escândalos de corrupção envolvendo empreiteiras e o governo, muitos revelados na Operação Lava Jato, o financiamento às obras no exterior em países da América Latina e da África foi extinto a partir das gestões do banco no governo Michel Temer (MDB) em diante, desde 2016. As operações foram também alvo de críticas do ex-presidente Jair Bolsonaro, que falava em “caixa preta”.

MOEDA COMUM

O Brasil e a Argentina discutem propostas para a criação de uma moeda comum, também confirmou o presidente Lula nesta segunda-feira.

“O que nós estamos tentando trabalhar agora é que nossos ministros da Fazenda, cada um com sua equipe econômica, possa nos fazer uma proposta de comércio exterior e de transações entre os dois países, que seja feito numa moeda comum a ser construída com muito debate, muitas reuniões. Isso é o que vai acontecer”, disse Lula, durante discurso no país vizinho, onde se reuniu com o presidente argentino Alberto Fernandez.

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