Parentes contaram à polícia que estavam reunidos em um quiosque na área externa do sítio da família quando ouviram um estampido e gritos de socorro da prima da vítima, que tem 11 anos
Um menino de dez anos morreu ao ser atingido por disparo acidental no início da tarde de sábado 22 enquanto brincava com a arma de fogo de um tio em Juatuba, na Grande Belo Horizonte. Os dois brincavam em um quarto no sítio quando, segundo a prima, o menino subiu em uma cadeira para pegar a arma. Ela disse à polícia que tentou convencê-lo a parar, mas não foi atendida.
Ele foi baleado na cabeça por volta das 13h, segundo a Polícia Militar, e levado à Policlínica de Juatuba, mas não resistiu.
A família disse que não sabia que as crianças estavam em casa. Elas haviam saído para brincar em uma praça com o pai da vítima, que os levou de volta à casa mas avisou os parentes sobre o retorno.
De acordo com a Polícia Militar, o caso foi levado para a Delegacia de Plantão de Juatuba.
Há um mês, uma criança de três anos foi atingida com um disparo acidental com uma pistola pelo irmão gêmeo no Amapá. O fato ocorreu no bairro Novo Horizonte, zona norte de Macapá, na noite de quinta-feira 22.
O projétil entrou pela bochecha da vítima e atingiu a coluna cervical, segundo o Centro Integrado de Operações. O pai chegou a ser preso, mas foi liberado após assinar um termo de compromisso de comparecimento.
O número de pessoas com licenças para armas de fogo disparou no governo Bolsonaro. Houve aumento de 473% em quatro anos. Em 2018, antes de o presidente assumir, havia 117,4 mil registros ativos para caçadores, atiradores e colecionadores, os chamados CACs.
No ano seguinte, esse número saltou para 197,3 mil registros, uma alta de 68%, e seguiu em curva ascendente até chegar em 673,8 mil em junho deste ano -o maior valor da série histórica, que começou em 2005.