As ministras dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara (PSol), e do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede), destacaram as “ações permanentes” que o governo vai adotar para preservar a terra indígena Yanomami. Uma comitiva ministerial visitou o território protegido nesta quarta-feira (10/1) para avaliar a situação na região após um ano da crise humanitária.
Marina Silva informou que serão montadas mais três bases permanentes para dar suporte às ações da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e dos agentes de saúde.
Também participaram da visita o ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida; a presidente da Funai, Joenia Wapichana; e o líder indígena Davi Kopenawa.
Wapichana destacou a dificuldade de logística dentro do território indígena e a necessidade de adoção de medidas específicas na região.
“Nós sabemos que é um desafio grande, que precisa de um olhar específico relacionado à terra indígena Yanomami, com toda a questão cultural, toda a especificidade de Roraima ser uma área de fronteira, do tamanho da terra”, destacou a presidente da Funai.
Marina e Guajajara concordaram que um ano não é pouco para que o governo consiga reverter o cenário de crise humanitária dentro da terra Yanomami, mas reforçaram que, durante o segundo ano de governo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai trabalhar tanto na questão social quanto ambiental.
Crise humanitária
O presidente Lula se reuniu com os ministros para discutir a situação da terra Yanomami. A crise no território ganhou repercussão depois da divulgação do estado de saúde de crianças na região.
A crise humanitária na terra indígena se intensificou depois do avanço do garimpo ilegal na região. A presença dos invasores dificulta o acesso das comunidades a itens básicos, como água, comida e saúde.
O governo anunciou o investimento de R$ 1,2 bilhão em atividades estruturantes na terra Yanomami para tentar reverter a situação.