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Moraes determina prisão de Oswaldo Eustáquio e youtuber

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Influenciador e Bismark Fugazza, do canal “Hipócritas”, participam de atos contra resultado das eleições; processo está sob sigilo no STF

O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou a prisão dos influenciadores Oswaldo Eustáquio e Bismark Fugazza, do canal Hipócritas, no YouTube. Os produtores de conteúdo digital participam de manifestações instaladas em Brasília (DF), em frente ao QG do Exército, contra o resultado das eleições. O processo está sob sigilo na Suprema Corte.

O jornalista Oswaldo Eustáquio já foi preso pela PF (Polícia Federal) em junho de 2022 por supostamente participar da organização de manifestações com pautas consideradas antidemocráticas. O influenciador foi citado em inquérito sobre financiamento e organização de atos com reivindicações como o fechamento do STF e do Congresso Nacional.

Os manifestantes estão acampados no Setor Militar Urbano desde 1º de novembro.

Eustáquio participa de discursos nos atos e buscou convocar uma “marcha pela liberdade” no Dia do Evangélico, em 30 de novembro. Ele também esteve nos atos em frente ao hotel em que o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), está hospedado em Brasília.

A defesa de Oswaldo Eustáquio disse ao Poder360 não ter ciência da localização do jornalista e classificou a ordem de prisão como “ilegal”. Nas redes sociais, o influenciador comentou a determinação: “Lutarei pela minha pátria de qualquer lugar. Mesmo que seja da prisão junto com o cacique Sererê”.

Em 22 de dezembro, Eustáquio publicou um vídeo nas redes sociais a bordo de um avião, ao lado de outro integrante do canal, Paulo Souza, afirmando que levaria uma denúncia contra o ministro Alexandre de Moraes na Corte IDH (Interamericana dos Direitos Humanos).

Estamos indo para a missão mais importante da nossa vida”, diz o influenciador na gravação. “A gente vai contribuir com um ‘grãozinho’ de areia para a vitória. Eu confio no capitão”, declara Eustáquio. A defesa do influenciador confirmou que a manifestação foi apresentada à Corte.

Em dezembro, foram iniciados atos violentos em Brasília (DF) entre as manifestações contra o resultado das eleições presidenciais. No sábado (24.dez), o empresário George Washington de Oliveira Sousa, 54 anos, foi preso por montar uma bomba em uma área de acesso ao Aeroporto Internacional da capital federal.

Em depoimento à Polícia Civil do Distrito Federal, ele disse que seu plano era “dar início ao caos” que levaria à “decretação do estado de sítio no país”.

ATOS VIOLENTOS EM BRASÍLIA

Em 12 de dezembro, bolsonaristas radicais tentaram invadir a sede da PF (Polícia Federal) em Brasília e depredaram carros e ônibus contra a decisão de Moraes de decretar a prisão temporária do cacique xavante José Acácio Serere Xavante, de 42 anos, que também participava das manifestações contra o resultado eleitoral.

O futuro ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB-MA), afirmou nesta 2ª feira que o governo eleito  deve “antecipar certos atos” ainda “nas primeiras horas” de 1º de janeiro de 2023, quando ocorrerá a posse do presidente eleito Lula, para evitar uma “situação de instabilidade”.

Para Dino, os acampamentos de manifestantes em frente a quartéis do Exército são “incubadoras de terroristas”. O senador eleito e ex-governador do Maranhão cobrou que autoridades atuem contra “crimes políticos” e disse esperar que os atos em frente aos quartéis sejam desmontados ainda nesta semana.

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