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Morre Luiz Antônio Fleury Filho, ex-governador de São Paulo, aos 73 anos

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Fleury foi deputado, promotor de Justiça, professor e filiado ao MDB-SP

Luiz Antônio Fleury Filho, que foi governador de São Paulo entre 1991 e 1994, morreu nesta terça-feira (15), aos 73 anos.

Fleury foi deputado, promotor de Justiça e professor. Filiado ao MDB-SP, ele era membro da Executiva Estadual.

As informações foram confirmadas por Baleia Rossi, presidente do MDB.

Nascido e criado em São José do Rio Preto e Porto Feliz, Luiz Antonio Fleury Filho tornou-se conhecido como membro do Ministério Público e professor de direito. Aos 15 anos, foi admitido, por concurso, na Academia da Policia Militar de São Paulo, como aluno interno.

Em 1973, formou-se bacharel em Direito pelas Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU). No mesmo ano, foi aprovado no concurso para a Promotoria Pública, após ter dedicado nove anos à carreira de policial militar, chegando ao posto de tenente.

Fleury Filho foi eleito 1° vice-presidente da Associação Paulista do Ministério Público (80/82), 1° vice-presidente da Confederação Nacional do Ministério Público (81/83), e presidente da Associação Paulista do Ministério Público (1982 a 1986). Assumiu a Secretaria da Segurança Pública em 16 de março de 1987 e nela permaneceu até 22 de março de 1990, tendo como secretário adjunto Fúlvio Julião Biazzi.

Massacre do Carandiru

Fleury Filho era governador à época em que ocorreu o Massacre do Carandiru, em outubro de 1992. Em depoimento no Júri Popular sobre o caso, em 2013, o ex-governador disse não ter dado a ordem para a invasão policial ao presídio, quando 111 presos foram mortos. Ele garantiu que, se estivesse em São Paulo naquele dia, teria dado a autorização.

“Não dei ordem para a entrada. Mas a entrada foi absolutamente necessária e legítima. Se estivesse no meu gabinete, teria dado [a autorização para a invasão da polícia]. A polícia não pode se omitir”, disse ele, durante o depoimento.

A Polícia Militar entrou no Pavilhão 9 da Casa de Detenção do Carandiru pouco depois do início de uma rebelião de presos. Segundo Fleury Filho, a informação era a de que alguns presos haviam morrido, após uma briga entre os próprios detentos.

Durante o depoimento, o ex-governador assumiu a responsabilidade política pelo episódio, mas negou qualquer outra. “A responsabilidade política do episódio é minha. A criminal cabe ao tribunal responder”.

Em depoimento de 40 minutos, Fleury Filho contou que não estava em São Paulo no dia em que o massacre ocorreu, 2 de outubro de 1992. “Era véspera de eleição municipal e estava em Sorocaba, porque sabíamos que em São Paulo não tinha possibilidade de o meu candidato se eleger prefeito”.

(Com informações da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo e da Agência Brasil)

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