Vatenor de Oliveira, um dos mais icônicos artistas plásticos potiguares, faleceu na noite desta quarta (11), aos 71 anos.
Vatenor era conhecido como o “pintor dos cajus”, por retratar cajus de variadas formas como símbolo da identidade do Rio Grande do Norte. Apesar da mesma temática, seus quadros possuíam características diferentes.
Vatenor nasceu em Natal, no bairro de Igapó, no ano de 1953. Ele atuou como fuzileiro naval na Marinha, mas depois de alguns anos pediu demissão em 1974 e começou a pintar de maneira autodidata. Os cajus e a arte ingênuo passam a fazer parte da obra do artista quando ele decide retratar as lembranças de infância sob os cajueiros do bairro.
Ao longo de seus mais de 50 anos de carreira, Vatenor participou de inúmeras mostras coletivas e individuais, tanto no Brasil quanto no exterior. Passou por Washington, Rio de Janeiro e chegou a trabalhar e morar em Nova York.
O artista plástico dirigiu por duas vezes a Pinacoteca do Estado, onde também coordenou diversas mostras de artistas potiguares e de fora do Rio Grande do Norte.
O Governo do Estado, a Secretaria de Cultura e a Fundação José Augusto (FJA) emitiram nota de pesar:
“’O pintor dos cajus’ se transformou na grande marca de sua trajetória, levando sua obra para o mundo... Vatenor deixa uma imensa contribuição à evolução das artes visuais do Rio Grande do Norte”, traz um trecho da nota.
O corpo de Vatenor Oliveira foi velado na Galeria Newton Navarro da Fundação José Augusto, nesta quinta-feira (12). O sepultamento foi realizado às 17h no cemitério de Santo Antônio dos Barreiros, em São Gonçalo do Amarante.
A TV Câmara Natal fez um documentário sobre a vida e obra de Vatenor de Oliveira: