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Mulher ‘enterrada viva’ em MG reage ‘bravamente’ mas recuperação deverá ser lenta, diz médico

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A mulher de 36 anos que foi encontrada presa dentro de um túmulo na cidade mineira de Visconde do Rio Branco encontra-se em estado grave, internada na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Hospital São João Batista. Segundo os médicos responsáveis, a sua recuperação deverá ser lenta:

— É um quadro que inspira muito cuidado, mas por enquanto ela está reagindo bravamente. Está na UTI ainda e é um quadro grave, de solução arrastada. Vai demorar muito tempo para ela ficar apta a ter alta. — disse o médico Henrique de Almeida, diretor do Hospital.

Além disso, Almeida também informou que a mulher está sedada e com “múltiplas fraturas no braço, dedo e perna”, embora também esteja com uma “pressão boa”. Ela também sofreu um traumatismo craniano e chegou desidratada ao hospital:

— Ela está com um escalpo parcial, vários cortes extensos no couro cabeludo e com uma hemorragia subaracnóide. No entanto, ela está se mantendo com bons parâmetros hemodinâmicos — disse o médico Henrique de Almeida, diretor do Hospital São João Batista.

Entenda o caso

Na manhã desta terça-feira, coveiros que trabalham no local chamaram a Polícia Militar após encontrarem um sepulcro fechado com tijolo, cimento fresco e sinais de sangue, e ouvirem uma voz vinda da gaveta funerária.

A ocorrência foi classificada como tentativa de homicídio. A vítima foi retirada do local e levada para o Centro de Tratamento Intensivo do Hospital São João Batista, onde recebe atendimento médico.

Pelo relato da mulher, ela foi levada para o cemitério no final da noite de segunda-feira:

— Não temos ainda como precisar, já que ela está bem debilitada no hospital. Seria por volta de meia-noite, período em que ela ficou desarcordada, até as 10 da manhã, quando os policiais militares chegaram lá — conta o tenente Ely Dias Moreira, da PM-MG

De acordo com a versão apresentada pela vítima, ela aceitou guardar armas e drogas para uma dupla de criminosos locais. No entanto, ela alega ter sido roubada e, com isso, perdido o material. Como vingança, os dois a agrediram e a levaram para o cemitério.

A gaveta funerária na qual a vítima ficou presa foi lacrada com material de alvenaria, de acordo com a Polícia Militar.

— A motivação seria vingança em relação a desacerto quanto a armas de fogo. Ela apontou dois suspeitos, os quais foram devidamente qualificados pela Polícia Civil. Neste momento, tanto a Polícia Civil quanto a Militar encontram-se à procura dos dois autores visando prendê-los em flagrante delito — apontou o delegado Diego Candian Alves, responsável pelo caso.

Uma equipe militar chegou a ir até a casa dos suspeitos, que ainda não foram encontrados. O marido da vítima também teria sido agredido pela dupla, mas ele conseguiu escapar e fugir. Até o momento, não foi localizado.

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