O vereador Jefferson Santos (PL), assumiu a prefeitura após o prefeito eleito em 2022 ser afastado do cargo. O vereador Doel Soares (PL), foi eleito presidente da câmara, em uma nova eleição, ambos se declaram prefeito interino.
A cidade de Ipanguaçu, no interior do RN, vive, dias de disputa pelo cargo de chefe do Executivo, com dois vereadores se declarando prefeitos interinos.
Isso porque o prefeito da cidade, Valdereto (PL), juntamente com a vice Mara Carmelita (PSB), foram afastados em novembro passado. Eles foram acusados pela Justiça Eleitoral de captação ilícita de sufrágio e abuso de poder político e econômico nas eleições de 2020.
Com isso, no último dia 17 de novembro, Jefferson Santos (PL), o Gordo Filho, assumiu o temporariamente. Este ano, porém, um novo presidente da casa foi eleito pelos parlamentares, Doel Soares (PL), encerrando a eleição do primeiro presidente.
Então o impasse começou. Ambos se consideram no direito de assumir o cargo de prefeito interino. O vereador, Jefferson Gordo, contínua no cargo e acusa o adversário Doel de tentativa de golpe. Doel destacou que Jefferson não tem mais direito de ocupar o cargo.
Veja o que diz cada um dos postulantes a prefeito interino
- Doel Soares (PL)
“Eu fui empossado presidente da Câmara de Ipanguaçu pela maioria dos vereadores. E em seguida empossado prefeito interino. Eu procurei um vereador Jefferson para nós conversarmos. Ele está me acusando de fazer caos no município e eu não estou fazendo isso. Pelo contrário, ele sim. Porque ele não é prefeito, não é presidente de Câmara. Ele é apenas vereador. Eu não preciso de ordem para cumprir lei. A lei é muito clara? quem assume a prefeitura em caso de vacância é o presidente da Câmara”.
- Jefferson Santos (PL)
“Eu, na qualidade de prefeito interino desse município, assumi no dia 17 de novembro sob força judicial, devido ao afastamento do prefeito. Estamos encontrando dificuldades desde o dia 3 de janeiro de administrar o nosso município porque um grupo de vereadores da oposição planejaram e executaram um golpe contra o poder executivo desse município e contra a minha pessoa. Fizeram uma eleição inválida da Câmara, só porque tinham uma maioria e agora estão alegando ser prefeito da cidade. Isso não vai atrapalhar os trabalhos que estão sendo executados no município”.
Novas eleições
Em nota, a 54ª zona eleitoral informou que na Justiça Eleitoral não tramita no momento “nenhuma ação sobre o assunto” e disse que o caso é de competência da justiça comum estadual. Procurada, a Comarca de Ipanguaçu não se pronunciou sobre o caso.
Para definir um novo prefeito, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) marcou uma eleição suplementar para o dia 5 de março.