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Noite especial: Suárez estreia pelo Grêmio com três gols em 37 minutos, elogios e “padrão alto”

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Camisa 9 marca hat-trick ainda no primeiro tempo e conquista a Recopa Gaúcha diante de quase 50 mil gremistas na Arena

Sim, o adversário era o São Luiz, de nível técnico mais modesto, e sim, o título da Recopa Gaúcha não é passível de carreatas Rio Grande do Sul afora, mas a estreia de Luis Suárez pelo Grêmio, inevitavelmente, foi digna de aplausos. Dos quase 50 mil gremistas que presenciaram a goleada por 4 a 1 na Arena aos que o acompanharam pelo mundo.

O astro uruguaio precisou de menos de cinco minutos para deixar sua marca pela primeira vez com a camisa tricolor. Após saída errada da defesa do São Luiz, Ferreira recebeu e tocou rápido para Suárez. O camisa 9, com a categoria que lhe é característica, completou para o gol por cobertura com apenas um toque na bola.

– A estreia é sempre importante, o jogador sempre quer que saia da melhor maneira. Não imaginava assim, fazer três gols. Põe um padrão muito alto, mas é importante começar bem e ter boas sensações para a equipe encontrar o ritmo e fazer uma boa temporada

Em nenhum momento faltou vontade ao uruguaio. Suárez disse a Fábio para prestar atenção em determinado lance e olhar sua movimentação. Reclamou de finalização de Campaz ao invés do passe. Abriu espaços sem a bola, voltou para ajudar no escanteio adversário e fez muitas cobranças a si mesmo.

O São Luiz chegou a empatar o jogo, mas o Grêmio respondeu dois minutos depois, com Bitello, nos poucos momentos em que o dono da noite não foi o personagem principal. Na primeira chance de ampliar, não pegou em cheio a cabeçada em cruzamento de Fábio. Na segunda, não perdoou.

Eram 30 minutos quando o time de Ijuí saiu jogando errado outra vez, e Kannemann escorou de cabeça para Bitello. De bate-pronto, o volante serviu Suárez. O camisa 9 avançou com um toque na bola, ameaçou chutar e empurrou para o gol com o arqueiro praticamente jogado ao chão.

Suárez posa com a taça da Recopa Gaúcha vencida pelo Grêmio — Foto: Lucas Uebel/Divulgação Grêmio

Ele queria mais. Aos 37, após cruzamento de Reinaldo interceptado pela zaga, Suárez pegou de primeira, firme, para estufar as redes do goleiro Gabriel Félix pela terceira vez. Três gols, três beijos nos dedos da mão direita, comemoração célebre do centroavante em homenagem à família.

O torcedor estava precisando de um ídolo, um jogador que chamasse atenção, que o torcedor comprasse o barulho, no bom sentido, de apoiá-lo, e o torcedor comprou desde o início quando saíram as notícias que ele poderia vir.

– A qualidade dele dispensa comentários. A carreira que ele fez. É um jogador de nível superior. Está naquele escalão de cima. As pessoas têm dúvida por conta da idade, o que não é justo, um jogador como ele supera a idade – exaltou Lucas Leiva, afastado do Grêmio por problema cardíaco e que jogou com Suárez no Liverpool.

– Ele (Suárez) é um gênio, não tenho palavras para dizer sobre ele. Acho que é um sonho para todos nós jogar com ele – resumiu o volante Pepê.

O hat-trick ainda na primeira etapa quebrou uma marca que o uruguaio não alcançava há mais de nove anos, quando também fez três gols na metade inicial do jogo pelo Liverpool. E quase saiu o quarto, aos 40, quando driblou o goleiro sem tocar na bola, mas mandou para fora. O show já estava feito.

Suárez voltou do intervalo e seguiu voluntarioso, com a garra charrua que sempre lhe acompanhou. No seu ato final, completou de cabeça o cruzamento de lateral de Reinaldo e obrigou Gabriel Félix a fazer grande defesa. Com exatos 14 minutos do segundo tempo, o protagonista da noite saiu de cena. Diego Souza ingressou em seu lugar.

Em 59 minutos, Suárez teve sete finalizações e marcou três gols. Levou o título da Recopa Gaúcha e a bola do jogo para casa. Em uma hora em campo oficialmente como jogador do Grêmio, já deu amostras de toda expectativa gerada em torno da maior contratação da história do clube.

Foi o pontapé inicial da trajetória de Suárez no Grêmio. Há muito caminho a percorrer na tentativa de reconstruir um time no ano em que retorna à elite do futebol brasileiro, e que tem no camisa 9 a principal esperança deste processo. Ao menos pela primeira impressão, a noite especial do astro aumenta o desejo do torcedor por dias melhores.

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