Estado teve 11.427 notificações até 7 de maio, contra 4.301 ao longo de todo o ano de 2021, segundo a Sesap.
Em quatro meses, até o último dia 7 de maio, o Rio Grande do Norte registrou quase três vezes o total de casos de dengue notificados no estado ao longo de todo o ano de 2021, de acordo com dados da Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap) divulgados nesta terça-feira (17).
Segundo o boletim epidemiológico, o estado chegou a 11.427 casos prováveis de dengue – uma incidência de 323,93 casos para cada 100 mil habitantes.
O número é 14 vezes superior ao registrado no mesmo período do ano passado (de janeiro até o início de maio), quando o estado registrou 806 casos prováveis. Além disso, os números registrados até o início de maio superam em quase três vezes o total de casos nos 12 meses do ano passado: 4.301, segundo o Ministério da Saúde.
Dirante do aumento de casos, a Sesap afirmou que retomou as discussões no Comitê Operacional de Emergências, do qual também participam o Ministério Público, o Conselho Estadual de Saúde e o Conselho de Secretários Municipais de Saúde do RN.
Segundo a responsável técnica pelo Programa Estadual de Controle da Dengue, Silvia Dinara, o trabalho com os carros de UBV é algo que deve ser colocado como última medida.
“Antes disso, todos devemos ser vigilantes para que consigamos combater o mosquito nos nossos quintais, residências, ruas e bairros. Convidamos toda a população para fazer sua parte. Além disso, publicamos um plano de contingência para controle das arboviroses e estamos estimulando os municípios a elaborarem os seus planos de ações com base no estadual, para que todas essas ações sejam efetivadas de forma oportuna e obtenham sucesso. Tudo isso está sendo pensado de forma regionalizada e descentralizada, para que as ações impactem nos territórios”, declarou.
A Sesap reforçou que a população deve contribuir com os cuidados necessários para evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti, que transmite a doença. São ações como manter os quintais livres de possíveis criadouros do mosquito; esfregar com bucha as vasilhas ou reservatórios de água de animais; não colocar lixo em terrenos baldios; manter caixas de água sempre tampadas e cuidar de qualquer local que possa acumular água parada.
Zika e Chikungunya
Segundo a Sesap, também estão em alta os casos de outras arboviroses transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. Em 2022 já foram registrados 3.397 casos prováveis de chikungunya e 708 casos prováveis de zika.
As arboviroses apresentam sinais e sintomas comuns entre si, como febre, dores nas articulações, manchas vermelhas na pele, coceira e vermelhidão nos olhos no caso da chikungunya e zika.