Interditada parcialmente desde o dia 12 de setembro pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Trânsito (DNIT), a Ponte de Igapó passa por obras de recuperação da estrutura. Segundo o órgão, até o momento foi feita a retirada de concreto e materiais danificados nos lados sul e norte da ponte.
“Também já foi feita a retirada das placas de concreto que consistiam no passeio de pedestres (lado direito) e limpeza da laje interna”, conforme informou o DNIT ao Blog A ponte está interditada no sentido da Zona Norte para o Centro, para a primeira etapa das obras. Desde então, o sentido oposto está funcionando como mão dupla.
Ao todo, a interdição na Ponte de Igapó para obras de restauração tem previsão de durar 12 meses, segundo o superintendente do DNIT no Rio Grande do Norte, Getúlio Batista. A obra está orçada em R$ 20,8 milhões e prevê a restauração completa da ponte. A empresa encarregada da empreitada é a Jatobeton Engenharia Ltda., com sede em Recife (PE). Este empreendimento foi licitado sob o modelo de Regime Diferenciado de Contratação Integrada (RDC-I), no qual a empresa vencedora é responsável tanto pelo desenvolvimento do projeto quanto pela execução da obra em si.
Os trabalhos planejados para a ponte englobam uma série de intervenções abrangentes. Isso inclui a restauração e fortalecimento das estacas, blocos e pilares, a substituição dos aparelhos de apoio, a demolição de elementos deteriorados, o reforço das vigas, a substituição dos drenos e juntas estruturais, bem como a recuperação das barreiras, dos refúgios da ponte ferroviária, dos passeios de pedestres e dos guarda-corpos. Além disso, está prevista a substituição do revestimento asfáltico.
“Se você olhar por baixo, se arrepia”, diz superintendente do DNIT
Em entrevista à rádio 98 FM no dia 14 de setembro, o superintendente do DNIT no Rio Grande do Norte, Getúlio Batista, disse que há pelo menos dois anos o órgão tem a avaliação de que uma ampla intervenção é necessária na Ponte de Igapó.
Ele diz que a ponte está na classificação de risco 2 – em uma escala de 4 a 1, na qual quanto menor o número, maior o grau de comprometimento da estrutura. “Para quem não sabe, existem graus de risco. Estamos no 2. Se chegasse no 1, eu ia ter que abrir uma emergencial. É decrescente (a escala). Hoje é 2”, afirmou.
Getúlio afirmou, ainda, que a ponte está muito deteriorada.
“Se você olhar as fotos por baixo da ponte, você se arrepia e diz que não vai passar mais lá, por cima daquela ponte”, destacou.