Subiu para R$ 531.413, o valor total em dinheiro vivo encontrado na operação deflagrada na quarta-feira (16) pelo Ministério Público do Rio Grande do Norte para investigar a suspeita de superfaturamento em um contrato realizado pela Prefeitura de Touros.
Até a última atualização, o MP tinha divulgado a apreensão de R$ 522 mil. A investigação teve início a partir de um inquérito civil que apontou superfaturamento de R$ 701.016,42 nos valores contratados pela Prefeitura de Touros.
Do valor apreendido, R$ 445.213 foram encontrados em um alvo na cidade de Natal, enquanto outros R$ 86.200 estavam em posse de um alvo em Pernambuco.
De acordo com o MPRN, a quantidade encontrada em espécie reforça as suspeitas de desvio de recursos públicos da Prefeitura de Touros, investigado na operação.
Na quarta-feira (16), a Prefeitura de Touros se pronunciou através de nota nas redes sociais. Segundo a gestão municipal, “o contrato com a mencionada empresa foi formalmente encerrado no início de 2023”.
Confira a nota na integra:
A Prefeitura de Touros vem a público esclarecer que acompanha de perto a operação conduzida pelo Ministério Público, em parceria com a Polícia, que investiga uma empresa que, em períodos anteriores, prestou serviços tanto ao nosso município quanto a outras prefeituras no estado e em outras regiões do país.
Ressaltamos que o contrato com a mencionada empresa foi formalmente encerrado no início de 2023, não havendo, desde então, qualquer tipo de vínculo com a atual gestão municipal.
A Prefeitura de Touros reitera seu compromisso inabalável com a transparência, a ética e a boa governança. Estamos à disposição das autoridades competentes e seguiremos cooperando plenamente para o avanço das investigações. Seguimos firmes na missão de assegurar uma gestão pública íntegra, responsável e voltada ao interesse da população.
Investigação
A operação cumpriu 24 mandados de busca e apreensão em seis cidades: Touros, Natal, Parnamirim, Garanhuns, Caruaru e Quipapá.
Foram apreendidos dinheiro, equipamentos eletrônicos e documentos, que serão analisados pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MPRN.
A investigação busca identificar todos os envolvidos no esquema, determinar a destinação final dos recursos desviados e apurar a ocorrência de outros crimes. A análise do material apreendido tem objetivo de auxiliar na elucidação do caso e na responsabilização dos envolvidos.