Restos mortais achados na zona rural de Lagoa Salgada são de pessoa adulta e três crianças. Perícia também busca identificar sinais de lesões que possam ter levado indivíduos à morte.
É de 60 dias o prazo aproximado que o Instituto Técnico-Científico de Perícia (ITEP) divulgou nessa quarta-feira (8) para ter os resultados dos exames de DNA das quatro ossadas humanas encontradas em Lagoa Salgada, no interior do Rio Grande do Norte, no dia 2 de fevereiro.
Nesta terça-feira (7), peritos voltaram ao local onde os restos mortais foram achados, em uma área de difícil acesso, na zona rural, para recolher mais vestígios. As ossadas são de uma pessoa adulta e três crianças.
Porém, no caso do menor indivíduo, havia pouco material recolhido, o que impossibilitava a realização do teste de DNA. As buscas foram ampliadas em cerca de 20 metros de raio, passando dos 50 metros, na primeira ocasião, para 70.
De acordo com a perita Elaine Cunha, responsável pelo Núcleo de Antropologia e arqueologia Forense do Itep, além do exame de DNA, que poderá indicar a identidade das pessoas, a equipe vai realizar estudos para tentar encontrar possíveis indícios de lesão. Segundo a perita, ainda não é possível dizer a causa das mortes.
“Conseguimos coletar bastante coisa, material da criança, outros ossos mais, porque a gente ampliou a área de cobertura. Agora a gente vai desenvolver o estudo de cada indivíduo, separar os ossos, ver a parte antropológica deles, anatomia, estatura, idade e sexo”, afirmou.
Elaine ainda explicou que os laudos devem ser concluídos mais ou menos no mesmo tempo previsto para a entrega do resultado do DNA.
Família desaparecida em Lagoa Salgada
A Polícia Civil suspeita que as quatro ossadas são de mãe e filhos que desapareceram em Lagoa Salgada, no mês de julho do ano passado. No entanto, a identificação dos restos mortais depende da conclusão da perícia.