Políticos devem passar menos tempo nas redes sociais e mais tempo trabalhando, disse, nesta quinta-feira (27), o presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
A declaração foi feita após agenda com o presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, Tadeu Martins Leite (MDB), em Belo Horizonte.
Ao responder uma pergunta sobre a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) pela descriminalização do uso pessoal de maconha, Pacheco criticou parlamentares que usam as redes sociais para atacar instituições.
“Não podemos permitir que o Brasil vire um palco de agressões entre instituições, verborragia”, disse Pacheco.
O presidente do Congresso reiterou sua posição contrária à decisão da Suprema Corte no julgamento sobre maconha. No entanto, afirmou que a discordância não deve ser sinônimo de agressão.
“As pessoas que acham que agredir ministro do Supremo, pregar impeachment de ministro do Supremo — que, aliás, nunca houve na história do Brasil –, que isso vai ser solução para o problema… Não. Dê lugar ao diálogo, ao respeito, ao trabalho, que vai ser muito melhor”, concluiu.
Agenda em MG
Pacheco viajou a Minas Gerais na tarde desta quinta para cumprir uma série de agendas. O senador acompanhou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante um evento em Contagem, região metropolitana de Belo Horizonte.
Em entrevista à rádio Itatiaia, Lula elogiou Pacheco e disse que o senador só não será o próximo governador de Minas se não quiser.
“Acho que ele é hoje a maior autoridade pública de Minas Gerais. Ele pode ser o que ele quiser”, disse Lula. “O que acho é que não dá para a gente precipitar as coisas. Ele como todo político digno é cheio de dúvidas. Vamos ter que ter paciência, temos tempo”.
No fim da tarde, Pacheco discutiu a dívida de Minas Gerais ao lado de deputados estaduais da região. Na próxima semana, ele deve apresentar um projeto de lei complementar com alternativas para quitar a dívida de estados com a União.