Pacheco detalhou quais devem ser os próximos passos no Senado
“Sobre o que cabe à Presidência do Senado fazer neste instante – reunião dos requerimentos, avaliação de cada um deles e uma decisão -, isso será feito até o início da semana que vem”, afirmou o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), ao explicar quais devem ser os próximos passos na Casa Legislativa em relação aos requerimentos encaminhados para abertura de comissões parlamentares de inquérito, incluindo uma para investigar as suspeitas de corrupção, prevaricação e tráfico de influência dentro do Ministério da Educação (MEC).
Pacheco falou sobre o impacto do calendário eleitoral nas discussões e que o critério político deve ser considerado pelo Colégio de Líderes do Senado. “É inegável dizer que os meses de agosto e setembro serão meses muito dedicados à questão eleitoral, então nós temos que avaliar o envolvimento dos partidos políticos, dos senadores, em um propósito desses de investigação em diversas CPIs”, explicou.
O presidente do Senado indicou, nas últimas horas, para líderes do governo Jair Bolsonaro (PL) que não vai segurar a instalação da CPI para investigar casos de corrupção no Ministério da Educação por motivos políticos. E se comprometeu a ter isonomia e a ler também os requerimentos de abertura de CPIs propostas por senadores governistas. Ele, no entanto, ressaltou que vai decidir com parcimônia, ou seja, indicou que não serão todas as comissões que terão requerimentos lidos.
CONVOCAÇÃO
Conforme informações da CNN Brasil, a Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira 29, requerimento de convocação do atual ministro da Educação, Victor Godoy, para prestar esclarecimentos sobre as denúncias de tráfico de influência e corrupção durante a gestão do ex-ministro Milton Ribeiro, de quem ele foi secretário-executivo no MEC.
STF
A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia mandou a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestar sobre a abertura de um inquérito para investigar o presidente, diante da “gravidade do quadro narrado”. A suspeita de envolvimento do presidente Jair Bolsonaro (PL) em suposta interferência nas investigações feitas pela Polícia Federal fez o caso ser enviado ao STF.
Material gravado indica que o ex-ministro Milton Ribeiro passou a suspeitar que seria alvo de busca e apreensão após uma conversa com Bolsonaro, em que o presidente teria dito que estava com um “pressentimento” de que iriam atingi-lo por meio da investigação contra o ex-ministro. Ribeiro foi preso preventivamente no último dia 22, por suspeitas de ter recebido vantagens indevidas enquanto estava no cargo.
Também foram presos os pastores evangélicos Gilmar Santos e Arilton Moura, da Igreja Assembleia de Deus e sem cargos na pasta acusados de pedir propina a prefeitos em troca de liberação de verbas da Educação. O ex-ministro foi solto no dia seguinte por determinação do desembargador Ney Bello, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região.l