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Perícia da PF mostra passo a passo da fuga de dois presos de penitenciária federal

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Dentro das celas, foram encontrados objetos artesanais contendo metal, o que permitia aos detentos realizar cortes e perfurações. Tralli: veja passo a passo da fuga de presos de Mossoró, segundo perícias
Perícias da Polícia Federal (PF) realizadas na Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, indicam que os presos fugiram após perfurar uma abertura na esquadria entre uma haste que liga as celas.

A reportagem apurou que, dentro das celas foram encontrados “objetos artesanais contendo metal” que permitia aos detentos fazer os cortes e perfurações que permitiram a fuga.

Confira o o passo a passo da fuga, conforme a reportagem apurou:

Dentro das celas, foram encontrados objetos artesanais contendo metal, o que permitia aos detentos fazer cortes e perfurações;

A fuga foi executada através de uma haste que conectava as celas;

Os detentos conseguiram acesso a esta haste ao perfurar uma abertura na esquadria entre a haste e a cela, cujas dimensões originais eram de 20x70cm;

Para ampliar essa abertura, os detentos precisaram quebrar o concreto armado utilizando os objetos artesanais encontrados na cela;

Na haste há uma escada metálica que dá acesso à laje de cobertura do prédio;

Acima dessa laje existe apenas um teto com telhas de fibrocimento, que foram afastadas, possibilitando com que os detentos tivessem acesso à cobertura da edificação;

Havia um poste próximo da cobertura por onde supostamente eles teriam descido;

Próximo à abertura do alambrado pelo qual os detentos fugiram, há um canteiro de obras. O ponto em que desceram está a cerca de 75 metros dessa abertura do alambrado;

Durante o trajeto que supostamente percorreram, havia uma câmera de segurança que, conforme relatado, não estava funcionando;

Os refletores do poste mais próximo do local da fuga estavam desligados devido ao disjuntor estar desativado;

Além disso, os refletores externos mais próximos da área da fuga não estavam funcionando.

Local por onde os dois fugitivos da prisão de segurança máxima do RN escaparam. São telhas de fibrocimento que foram afastadas, possibilitando com que os detentos tivessem acesso à cobertura da edificação

De acordo com o corregedor da prisão, o juiz Walter Nunes, eram três obras que aconteciam no presídio:
reforma da área do banho de sol; reforma no alojamento dos policiais penais; reforma de uma área aberta na entrada do presídio que estava sendo fechada para climatização; as três obras estavam em andamento;

Nunes ainda diz que os dois presos tinham, cada um, uma barra de ferro dentro da cela. Segundo ele, foi com essa barra que eles fizeram o buraco na parede ao lado da luminária.

Em entrevista ao “GloboNews Mais” na quinta (15), Nunes disse que a fuga dos presos foi filmada e que as imagens estão sendo analisadas pela investigação.

“O problema é que os presos saíram da cela e saíram andando por dentro da unidade prisional sem que tivessem sido detectado pelas câmeras. Mas não é que não foram detectados pela câmeras. Temos imagens, já se sabe que tem imagens. Mas não foi identificado que ali estava uma pessoa fugindo da unidade prisional.”

“Pegaram ferramentas que estavam na obra para sair”, diz o juiz federal Walter Nunes
Buscas pelos fugitivos

A busca pelos dois fugitivos dura mais de 50 horas. Estão empenhados:

100 agentes da Polícia Federal;

100 agentes da Polícia Rodoviária Federal;

100 agentes das forças policiais locais (civil e militar);

3 helicópteros (1 da PRF, 1 da PF e 1 da Secretaria de Segurança Pública do RN);

Drones (com equipamentos termais) e cães farejadores.

Na manhã desta sexta (16). a força-tarefa que busca pelos dois fugitivos encontrou uma camiseta de uniforme de presidiário na Zona Rural de Mossoró.

A PF recolheu material biológico em uma propriedade na qual Deibson e Rogério teriam furtado roupas e objetos.

Fernando Oliveira afirma que a investigação aponta que os dois não estão tendo ajuda de outras pessoas ou organização criminosa e que, caso tivesse, facilitaria as buscas pois haveria uma maior movimentação de informações que seriam capturadas pelos agentes.

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