O período de janeiro é conhecido pelo maior número de pessoas nas praias das cidades litorâneas. É na alta estação que o comércio fica mais forte e os trabalhadores que atuam no setor aproveitam para compensar o período de baixa estação. Mas, em Natal, um dos pontos turísticos da cidade tem sido mantido fechado pela Prefeitura do Natal após uma reforma de R$ 25 milhões, impedindo dezenas de trabalhadores de retomarem suas atividades, suspensas desde abril de 2022.
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Permissionários da Redinha protestam contra Mercado fechado na alta estação
Apesar de pronto, o Mercado da Redinha, rebatizado de Complexo Turístico da Redinha, segue fechado. Contra essa decisão da Prefeitura do Natal, permissionários que aguardam a reabertura do espaço para retomar suas atividades protestaram na manhã deste sábado (01).
“A gente precisa trabalhar! O auxílio não entrou ainda e nós não podemos ficar sem trabalhar. Se colocamos as coisas na ora a Semurb toma tudo, mas nós vamos enfrentar…é o jeito, só não podemos ficar sem trabalhar, temos que arregaçar as mangas”critica Raquel Barbosa, permissionária no Mercado da Redinha há 50 anos.
Recentemente o espaço foi inaugurado com o 1º Festival Gastronômico “Boteco de Natal”, realizado entre 26 de dezembro de 2024 e 26 de janeiro de 2025, sendo novamente fechado logo após o fim do evento.
Durante o período de inauguração, foi feito um “acordo” para que os permissionários, que seriam excluídos, também pudessem participar. Entre as condicionantes, os permissionários tiveram que abrir mão de 80% do lucro do valor da bebida vendida e de 20% do lucro da comida.
“A gente quer que os trabalhadores tenham autonomia para colocar o preço que quiser no seu produto e não que venha uma empresa pra dizer que a ginga com tapioca tem que custar R$ 20… R$ 25”, reclama um dos manifestantes.
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Permissionários da Redinha ficarão só com parte do lucro no “Boteco de Natal”