Nesta segunda-feira (7), a Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou a condenação de 40 indivíduos acusados de participarem nos atos golpistas ocorridos em 8 de janeiro.
As acusações podem levar a penas de até 30 anos de prisão. De acordo com o documento de alegações finais enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), o subprocurador Carlos Frederico Santos defende que o grupo invadiu a sede do STF, o Congresso e o Palácio do Planalto, e deve ser responsabilizado por associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e dano contra o patrimônio da União.
PGR pede a condenação de 40
A PGR argumenta que os atos foram premeditados e que houve coordenação prévia por meio do envio de mensagens de convocação pelas redes sociais. Além disso, a presença de CACs (caçadores, atiradores e colecionadores de armas de fogo) entre os manifestantes foi constatada.
A procuradoria também estima que o valor dos prejuízos causados pelas depredações nas sedes dos Três Poderes seja de aproximadamente R$ 25 milhões, incluindo danos de R$ 3,5 milhões ao Senado, R$ 1,1 milhão à Câmara dos Deputados, R$ 9 milhões ao Palácio do Planalto e R$ 11,4 milhões ao Supremo Tribunal Federal.
O STF tem previsão de julgar as primeiras ações penais contra os investigados pelos atos ocorridos em 8 de janeiro no próximo mês de setembro. Desde o início das investigações, 1.290 suspeitos se tornaram réus no Supremo. A PGR busca a aplicação da lei para garantir a responsabilização daqueles que participaram dessas ações consideradas ilegais e ameaçadoras ao Estado Democrático de Direito.