26.3 C
Ouro Branco

Prioridade para obras inacabadas, calamidade e saúde: veja detalhes de proposta sobre emendas

Anúncios

Diante da suspensão de parte das emendas parlamentares pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o Congresso Nacional tenta avançar na elaboração de um projeto de lei para resolver o impasse.

A Corte cobra mais transparência e rastreabilidade tanto nas indicações quanto nas aplicações das verbas aos quais os parlamentares têm direito de gerir. Enquanto isso, ficam suspensas as emendas impositivas – de pagamento obrigatório pelo governo federal –, as de comissão e as do relator do Orçamento. A exceção é para emendas que destinem recursos a obras já em andamento e ações de atendimento a calamidades.

Um projeto está sendo preparado pelo senador Angelo Coronel (PSD-BA), relator do orçamento de 2025. A CNN teve acesso aos pontos principais do texto preliminar feito pelo parlamentar. Confira:

  • as emendas de transferência especial, conhecidas como emendas pix, deverão priorizar a conclusão de obras já iniciadas;
  • o dinheiro enviado a entes federativos em situação de calamidade ou emergência terá prioridade;
  • as emendas de comissão devem destinar, obrigatoriamente, pelo menos 50% dos recursos para ações e serviços públicos de saúde;
  • as emendas de bancada estadual e de comissão devem ser destinadas a projetos estruturantes;
  • cada bancada estadual vai poder apresentar até 10 emendas de execução obrigatória e outras 10 de execução não obrigatória;
  • a execução das emendas deve ser fiscalizada pelo Tribunal de Contas da União, por se tratar de dinheiro da União, com a participação de outros órgãos competentes;
  • todos os dados sobre a destinação e a aplicação das emendas parlamentares deverão estar disponíveis no Portal da Transparência;
  • os entes beneficiados devem prestar contas detalhadas sobre a utilização dos recursos, inclusive com relatórios de execução e avaliação de resultados.

A versão final do projeto vai depender de um consenso entre os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado, Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e Casa Civil. Uma reunião entre os representantes do Congresso e do Planalto está prevista para a próxima segunda-feira (21).

A ideia é então apresentar o projeto consolidado ao ministro do STF Flávio Dino ainda na semana que vem, se possível.

Os parlamentares têm pressa para conseguir destravar o impasse e, assim, liberar a execução plena do pagamento das emendas. A votação desse projeto no Congresso, porém, não deve sair antes do segundo turno das eleições municipais, marcado para 27 de outubro.

Com informações da CNN Brasil

Mais artigos

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Últimos artigos