Professores da rede estadual de ensino do Rio Grande do Norte mantiveram a greve da categoria após assembleia realizada na manhã desta quarta-feira (29).
A decisão foi tomada depois que a última proposta colocada na mesa de negociação pela governadora Fátima Bezerra foi rejeitada durante uma audiência na tarde de terça-feira (28).
Proposta recusada pelos professores da rede estadual de ensino
A proposta oferecia a aplicação de 14,95% retroativo a janeiro de 2023 para os professores que recebem abaixo de R$ 4.420,55 (novo piso) em maio. Além disso, também previa a aplicação de 7,21% na folha de pagamento de maio (correspondente a inflação de 2022 medida pelo IPCA).
O restante do valor seria implantado nos meses de novembro e dezembro, com 3,61% em novembro e 3,49% em dezembro.
No entanto, a proposta não foi aceita pelos professores, que aprovaram um calendário de manifestações a partir da quinta-feira (30), com um “faixaço” na Avenida Capitão-mor Gouveia.
A greve dos professores da rede pública de ensino do Rio Grande do Norte começou em 9 de março e tem como reivindicação principal o reajuste salarial. A categoria pede a aplicação da lei do piso salarial nacional, que estabelece um salário mínimo de R$ 3.893,24 para professores de nível médio com carga horária de 40 horas semanais.
Ainda não há previsão para o fim da greve dos professores. Enquanto isso, os alunos da rede pública de ensino do estado continuam sem aulas, o que vem gerando preocupação entre pais e responsáveis. A situação também preocupa os próprios professores, que afirmam estar abertos ao diálogo, mas que não abrem mão da luta por seus direitos.