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Reconstrução da BR-304 vai durar 10 meses e custará R$ 14,4 milhões

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A reconstrução da ponte sobre o Rio Ponta da Serra, no km 203,5 da BR-304, em Lajes, vai demorar mais 10 meses e custará aproximadamente R$ 14,4 milhões, segundo anunciou o DNIT nesta quarta-feira (29). Assim, a nova ponte só estará disponível para a população por volta do final do mês de março de 2025. O trecho em questão foi levado pela água das chuvas no dia 31 de março deste ano, o que ocasionou uma série de transtornos e prejuízos para a população, principalmente por conta da demora para se construir um desvio no local. A rodovia em questão é a mais importante do Estado, pois liga a capital à Mossoró e toda região Oeste.

Com o prazo anunciado pelo DNIT, a ponte sobre o Rio Ponta da Serra, em Lajes, demorará, no total, cerca de um ano para ser reformada. Ela foi destruída em março de 2024 e ficará pronta aproximadamente em março de 2025, caso o prazo de 10 meses de contrato seja cumprido.

O contrato emergencial com a empresa que vai executar a obra e a ordem de início dos serviços foram assinados na tarde de terça-feira (28). A travessia será erguida no mesmo local da estrutura antiga, que colapsou em decorrência das fortes chuvas que atingiram a região no final de março.

O contrato tem prazo de execução previsto de 10 meses. Por se tratar de contratação integrada, os serviços começam pela elaboração dos projetos executivos de engenharia. Na sequência, as equipes iniciam a construção da nova ponte.

Até que as obras de construção da nova ponte sejam concluídas, os usuários da BR-304, devem seguir utilizando o desvio implantado pelas equipes do DNIT em área paralela à rodovia. A pista provisória foi construída com 500 metros de extensão, 10,5 metros de largura e revestimento de Concreto Betuminoso Usinado a Quente (CBUQ), além de contar com sinalização horizontal e vertical.

Após prejuízos ao setor logístico, o desvio provisório da BR-304 foi parcialmente liberado na tarde do dia 20 de maio, no sistema pare e siga, pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). Com a interdição do trecho da BR-304 que liga Natal a Mossoró, o setor de transporte rodoviário de cargas e logístico no Rio Grande do Norte sofreu prejuízos de 30% a 40% no faturamento das empresas e aumento no desgaste dos equipamentos. Além disso, o tempo das entregas rodoviárias dobrou.

A rodovia federal passou quase dois meses interditada devido às fortes chuvas que atingiram o estado no fim de março. O desvio provisório, que foi feito pelo DNIT, foi parcialmente liberado após o órgão federal estabelecer e adiar pelo menos quatro datas, alegando más condições climáticas.

Segundo interlocutores do setor logístico e de cargas do Estado, há vários cenários que culminaram nos prejuízos. O primeiro deles foi o gasto de tempo dos caminhões, que precisaram fazer o trajeto Natal/Mossoró utilizando a Estrada do Óleo (RN-408), o que aumenta o trajeto de quatro horas para até oito horas. Além disso, trechos de algumas dessas estradas acessórias não estão em boas condições, gerando custos com manutenção de pneus e peças dos caminhões.

Além dessas questões, José Neto, coordenador geral do Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas e Logística do Estado do Rio Grande do Norte (Setcern), explica que os donos de empresas de logística tiveram pelo menos 30% de prejuízos no faturamento com o aumento dos custos que, segundo ele, não podem ser passados para os clientes em virtude dos contratos já terem sido assinados.

O transportador Nilson de Medeiros também apontou prejuízos na sua empresa e cobrou agilidade do Poder Público na recuperação da BR-304. “O primeiro ponto é o dobro do tempo que estamos levando para transportar de Natal para Mossoró. Esse trecho leva geralmente de quatro a cinco horas e meia. Usando o desvio da Estrada do Óleo esse tempo praticamente dobrou. Essa estrada é muito ruim. Dobra o tempo, aumenta desgaste de pneu, gasto de combustível e colabora para a depreciação do carro”, disse. A demora para a liberação do desvio causou reclamação de todas as regiões e setores do Estado.

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