O senador Rogério Marinho (PL) reagiu à prisão do general Walter Braga Netto atacando o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes.
10 horas após a prisão, Marinho fez uma postagem no X (antigo twitter) classificando como “novo atropelo” a prisão do general e de “prejulgamento de um juiz parcial” as razões pelas quais a prisão foi determinada.
Ex-ministro da Defesa e da Casa Civil do governo Bolsonaro e candidato a vice na chapa derrotada de 2022, Braga Netto foi preso pela Polícia Federal neste sábado (14) acusado de obstrução de Justiça no inquérito em que ele e mais 36 pessoas são acusadas de planejar um golpe de Estado no Brasil, além de tramar os assassinatos do presidente Lula, do vice Geraldo Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes.
Saiba Mais: Braga Netto é preso: bolsonaristas se calam e esquerda comemora no RN
Para Rogério Marinho, que foi colega de Braga Netto no governo Bolsonaro, não há justificativa para a prisão do general:
– A prisão do general Braga Neto por supostos diálogos mantidos com os pais de Mauro Cid, há mais de um ano, revela novo atropelo do ministro Alexandre de Moraes ao devido processo legal. Não havendo fato novo que justificasse a prisão cautelar, a suposta obstrução da justiça não só não se sustenta, como revela novo prejulgamento de juiz parcial, com a finalidade de antecipar o cumprimento da pena. O fim do ano está chegando, parece importante continuar esquentando a narrativa , que claramente não encontrou eco na sociedade”escreveu.
Walter Braga Netto é o primeiro general de 4 estrelas preso no Brasil por planejar um golpe de Estado. A prisão dele ocorreu um dia após o aniversário de 56 anos do Ato Institucional N° 5, o mais duro decreto da ditadura militar.
Líder da oposição no Senado, Rogério Marinho foi o único parlamentar de Direita do Rio Grande do Norte que se manifestou em defesa de Braga Netto. Os outros dois bolsonaristas raiz – general Girão e sargento Gonçalves – preferiram o silêncio.