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Rogério Marinho defende anistia a golpistas e Bolsonaro para presidência

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Apesar do indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais 36 pessoas por tentativa de golpe, golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito, o ex-ministro de Bolsonaro e secretário geral do PL, o senador potiguar Rogério Marinho, usou o espaço de uma entrevista para o jornal O Globodeste sábado (23), para defender Bolsonaro, a anistia aos golpistas e criticar a atuação de Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).

A trama pela qual Bolsonaro e mais 36 pessoas foram indiciadas previa o assassinato, por tiro ou veneno, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

Na avalição de Marinho, ligar Bolsonaro à trama golpista de 2022 é “forçar a barra”. Além disso, o senador afirma que não desistiu do plano de anistia para os envolvidos na tentativa de golpe.

A anistia é um instrumento previsto na Constituição e é um ato político, não é jurisdicional”, defendeu Marinho, que para encampar a campanha pela anistia, planeja fazer pressão através de mobilizações populares.

Imagem: reprodução O Globo

Rogério Marinho já havia expressado seu posicionamento em defesa dos golpistas em suas redes sociais, criticando a atuação da Justiça como “narrativas forçadas e perseguições”. Na avaliação do senador potiguar, a Justiça está atuando politicamente. Ele ainda revelou que foi formada uma comissão para atuar no tema.

No caso dos 37 indiciados pela trama para tentar impedir a posse do presidente Lula, o caso será remetido pela Polícia Federal ao ministro Alexandre de Moraes, que é o relator no STF. A Procuradoria Geral da República ainda vai avaliar se denuncia ou não Bolsonaro.

De olho na presidência

Bolsonaro foi declarado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) até 2030 devido aos ataques e mentiras divulgada sobre o sistema eleitoral. Mesmo assim, como o caso não foi transitado em julgado, Marinho acredita que o partido será capaz de reverter a situação para que Bolsonaro concorra nas eleições de 2026. O ex-presidente, só este ano, ainda foi indiciado em mais três inquéritos pela Polícia Federal: no caso das joias, pela falsificação de certificados de vacina contra a Covid-19 e na tentativa de golpe de Estado. Caso seja processado e condenado, a soma das penas pode chegar a 28 anos de prisão, além de inelegibilidade por 30 anos.

Quem é Rogério Marinho

O senador potiguar é um dos principais nomes por trás da Reforma Trabalhista — aprovada em 2017 no governo Temer, tendo sido eleito senador pelo Rio Grande do Norte em 2022. Ele também foi ministro do Desenvolvimento Regional do governo Bolsonaro de fevereiro de 2020 a março de 2022.

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