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“Rogério Marinho seria um presidente que iria dar trabalho”, diz Garibaldi

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Garibaldi Filho (MDB) disse que disputa entre Pacheco e Marinho para a presidência do Senado foi “guerra de nervos”

Com larga experiência no Senado, inclusive como presidente da Casa no biênio de 2007 a 2009, e com atuação na casa eleito pelos potiguares, Garibaldi Alves Filho (MDB) avaliou a eleição de Rodrigo Pacheco (PSD) como algo já previsto, mesmo afirmando que o processo foi efervescente. Em entrevista ao Jornal da Cidade, da Rádio 94FM, Garibaldi apontou que nem todos os bastidores que fizeram parte do pleito da Casa são captados pelas redes sociais. Ele também fez um balanço do que esperar do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Na avaliação de Garibaldi, a eleição tomou grande proporção principalmente pela disputa mais equilibrada em comparação com a Câmara dos Deputados, em que Arthur Lira (PP) se elegeu com margem tranquila.

“Havia uma verdadeira guerra de nervos. Porque a eleição da Câmara foi abandonada pela expressiva vitória, que terminou confirmada, do atual presidente Arthur Lira. Aí, as atenções todas se voltaram para o pleito no Senado. Começou aquela efervescência que parecia uma tempestade, mesmo. Mas o que é certo é que prevaleceu, você há de reconhecer, o fato do homem estar sentado na cadeira, o atual presidente, Rodrigo Pacheco, e por outro lado prevaleceu o interesse que o governo tinha na eleição dele, tendo em vista que Rogério Marinho seria um presidente que iria dar trabalho”, analisou.

Ele defende que o resultado não fugiu daquilo que ele acreditava. “Então, eu vou lhe dizer uma coisa: meu prognóstico, a despeito de toda aquela guerra, era de que realmente o Rodrigo Pacheco não seria derrotado. Isso confirmou-se. Houve um frenesi no início, mas confirmou-se. E agora o importante é que todos possam somar, porque é só nisso que se fala. Todos possam somar e sobretudo fortalecer a democracia”, disse. A votação terminou com 49 votos para Rodrigo Pacheco e 32 para Rogério Marinho (PL), senador pelo RN.

Questionado a respeito do quanto os bastidores puderam influenciar na votação final para a presidência da Casa, ele preferiu não opinar. “Você está me indagando uma coisa que eu precisaria estar em Brasília. Acompanhei pela televisão, mas os bastidores ainda existem. Tem gente que acha que com as redes sociais nós não temos nem bastidores, que é aquela coisa automática. Mas o que é certo é que nós ainda temos que reconhecer que existe toda uma articulação que, às vezes, as redes sociais, por mais automatismo que elas tenham, elas não conseguem captar”, falou.

Sobre a gestão do presidente Lula (PT), ele acredita que a experiência do chefe do Executivo nacional pode fazer a diferença para o terceiro mandato. “É como o popular diria: não lhe falta experiência. O que agora é preciso arregimentar toda a potencialidade governista para que ele possa fazer a administração que todos esperam em função até da longevidade que ele alcançou à frente do poder. Eu acredito no governo dele, mas vejo que vai enfrentar uma oposição vigorosa, diria até ruidosa. É essa a perspectiva que a gente tem em função desse novo governo de Luiz Inácio Lula da Silva”, avaliou.

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