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Servidores entraram em greve nesta terça-feira 11 por tempo indeterminado
A equipe de gestão da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), ao lado de outros integrantes do Governo do Estado, apresentou uma série de propostas aos servidores da saúde para melhorias no trabalho e encerramento da greve.
Comandada pelo secretário de Estado da Saúde Pública Cipriano Maia, o grupo colocou na Mesa de Negociação uma série de proposições, tais como: o pagamento de progressão de nível a partir de maio, implementação da gratificação de incentivo à qualificação e implantação do abono de permanência e adicional de insalubridade automáticos até dezembro. Outra garantia dada pelo Governo aos servidores foi o aumento no valor das diárias pagas aos servidores que viajam a serviço da Sesap, com acréscimos que vão de 60% a 75% em cima dos atuais valores.
A Sesap e os demais entes do Governo ainda avaliarão outras propostas, que voltarão à debate em junho, como a tabela de pagamento para reposição das perdas salariais de gestões passadas. “Temos a Mesa de Negociação instituída desde 2019 e nunca deixamos de ouvir os servidores. Estamos sempre abertos ao diálogo e à construção de uma gestão participativa. Respeitamos todas as reinvindicações, mas precisamos estar atentos aos avanços alcançados até aqui. Estamos na busca de atender o que é possível, dentro dos limites orçamentários. São quatro anos de avanços e conquistas com implementação do incentivo à qualificação, ampliação da quantidade de servidores na saúde e melhorias em várias esferas”, disse o secretário Cipriano Maia.
Sobre a implantação do piso para os trabalhadores da enfermagem, a Sesap e o Governo esclareceram que aguardam definições por parte do Governo Federal quanto à nova legislação e o financiamento dos aumentos. A discussão na esfera estadual se dará através de comissão específica que trabalhará atenta as sinalizações do Ministério da Saúde sobre o tema.
Entenda a greve
Servidores da Saúde do Rio Grande do Norte entraram em greve nesta terça-feira 11 por tempo indeterminado. Segundo o sindicato que representa a categoria, a paralisação afeta os atendimentos em hospitais estaduais, serviços de urgência e emergência e o Samu Metropolitano. A pauta da saúde é extensa e contempla pelo menos dezenove pontos de reivindicação.
Ainda de acordo com o sindicato, alguns serviços funcionarão com 30% ou até 40% do efetivo de servidores, a depender da unidade de saúde. Uma reunião está marcada com o governo para o dia 27 de abril. Durante a manhã desta terça 11, parte da categoria participou de um ato em frente ao Hospital Walfredo Gurgel, maior unidade de saúde do estado.
A categoria cobra pagamento dos plantões eventuais dentro do mês trabalhado, a implantação e pagamento do piso da enfermagem, o pagamento das perdas salariais para ativos e aposentados no percentual de 21,87%, o pagamento do adicional de insalubridade para todos e todas e a revisão da lei da produtividade.
A greve por tempo indeterminado foi uma decisão tomada pela categoria na Assembleia do último dia 29 de março. A categoria iniciou a Campanha Salarial de 2023 e decidiu iniciar a greve como uma resposta ao governo, que segue sem apresentar soluções para pontos da pauta da categoria. Segundo o sindicato, desde o ano passado não cumpre o que está previsto na lei do Plano de Cargos.