A Secretaria Estadual de Saúde Público (Sesap) orientou os municípios do Rio Grande do Norte a retomarem o prazo de 85 para aplicação da segunda dose da vacina Oxford/Astrazeneca.
A recomendação é válida para as cidades que tenham pouco estoque do imunizante e acontece após um atraso na entrega de novas doses da vacina. O desabastecimento de vacina da AstraZeneca já suspendeu aplicação em cidades de 5 estados.
“Aqueles municípios que por ventura percebam que o número de doses que eles têm em estoque não vai dar vazão pra conseguir aplicar a segunda dose nesse intervalo de 56 dias devem retornar para aquele intervalo anterior. Isso só pra vacina da Oxford, a da Pfizer continua com 56 dias”, disse a coordenadora de Vigilância em Saúde da Sesap, Kelly Maia, em entrevista ao Bom Dia RN.
No dia 2 de setembro, por orientação do Ministério da Saúde, a Sesap reduziu o intervalo entre as doses de 85 para 56 dias.
No entanto, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) anunciou no dia 3 de setembro que ficaria duas semanas sem entregar doses de AstraZeneca para o Ministério da Saúde, porque houve atraso na entrega do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA), que é o componente usado para fabricar a vacina. O composto é importado da China.
Em Mossoró, segunda maior cidade do Rio Grande do Norte, as vacinas da Oxford/AstraZeneca acabaram e a prefeitura suspendeu a vacinação da população com o imunizante por volta na última sexta-feira (10). Ainda não há prazo para retomada.
“É importante esclarecer que o Estado só tomou essa decisão de diminuição do intervalo porque o Ministério da Saúde sinalizou que era possível e que os estados deveriam fazer essa adesão por causa da nova variante. Então nós fizemos a adesão, diminuímos o esquema vacinal e estamos com esse problema de continuidade no recebimento da vacina da Oxford”, explicou Kelly Maia.
Segundo ela, não há previsão de chegada de uma nova remessa de vacinas da Oxford/Astrazeneca no RN.
Em São Paulo, a prefeitura vai aplicar a vacina da Pfizer em 165 mil pessoas que estão com a 2ª dose da AstraZeneca atrasada. Já no Rio Grande do Norte, de acordo com Kelly Maia, não há previsão de uso da vacina da Pfizer para estes casos.