A Corte informou que, em comparação a 2021, o efetivo policial destacado para os atos é 70% maior
O Supremo Tribunal Federal (STF) elaborou um plano para minimizar riscos de ataques durante o desfile de 7 de Setembro. A Corte preparou um esquema de segurança dos ministros e do prédio na Praça dos Três Poderes – o que inclui até mesmo uma barreira antidrone.
A Corte informou que, em comparação a 2021, o efetivo policial destacado para os atos é 70% maior.
Por determinação da equipe de segurança, a agenda dos ministros não será divulgada. Eles contarão com escolta de agentes da polícia judicial.
Nos últimos meses, a Secretaria de Segurança do STF realizou estudos para “identificar riscos e planejar ações que neutralizem os perigos”.
Em razão disso, a Corte escalou 47 vigilantes armados e outros 98 desarmados. Esses funcionários integram a equipe de segurança terceirizada para trabalhar no plantão.
Todo o esquema de segurança pública relacionado ao desfile e às manifestações na Esplanada dos Ministérios foi definido pelas autoridades locais, com apoio do STF e de outros órgãos públicos.
Os agentes estarão munidos de diferentes tipos de armamentos, que vão desde tasers (armas que disparam choques elétricos) até armas longas, como submetralhadoras.
“Todos os agentes têm poder de polícia no exercício de suas funções, portam armas de fogo e equipamentos não letais, e conforme a situação poderão adotar as medidas necessárias – sempre com uso seletivo e proporcional da força”, diz a nota do STF.
Convocação de atos
De olho em votos para tentar reverter a vantagem do petista Luiz Inácio Lula da Silva nas pesquisas eleitorais, o presidente Bolsonaro tem convocado sua militância para os atos de 7 de Setembro há meses. As principais apostas são Brasília e Rio de Janeiro, onde ele participará das manifestações, e São Paulo, onde aliados do presidente vão se concentrar na Avenida Paulista.
Pressionado pela ala política de sua campanha, o chefe do Executivo vinha recuando do discurso radicalizado contra o sistema eleitoral e autoridades do Judiciário.
Ao conceder entrevista ao Jornal Nacional no último dia 22 de agosto, por exemplo, Bolsonaro foi questionado sobre seus xingamentos a ministros do STF e respondeu que a relação com Alexandre de Moraes já estava sendo “pacificada”.
Após o ministro determinar operação policial contra empresários bolsonaristas que defenderam preferência por um golpe de Estado a uma vitória de Lula, porém, Bolsonaro voltou a subir o tom.
O clima esquentou mais ainda após o ministro Edson Fachin, do STF, derrubar trechos do decreto de Bolsonaro sobre armas, limitando a compra de munições e posse de armamentos.