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A vitória do filme Ainda Estou Aqui no Oscar 2025 foi celebrada pela presidente do Banco dos Brics, Dilma Rousseff, no domingo (2). O longa, dirigido por Walter Salles, conquistou o prêmio de Melhor Filme Internacional, tornando-se a primeira produção brasileira a receber a estatueta na história da premiação.
Nas redes sociais, Rousseff destacou o impacto da conquista, classificando-a como uma “vitória internacional histórica” e ressaltando a importância do reconhecimento ao cinema nacional. Para a ex-presidente, o filme não apenas homenageia a cultura brasileira, mas também reforça a luta pela democracia e a preservação da memória dos que enfrentaram a ditadura militar.
“Nossa emoção é ainda maior porque a premiação celebra uma obra que presta tributo à civilização, à humanidade e aos brasileiros que sofreram com a extinção das liberdades democráticas, lutando contra a ditadura militar”, declarou.
Ela também mencionou o papel da Comissão Nacional da Verdade, criada durante seu governo para investigar crimes cometidos pelo regime militar. “É motivo de orgulho saber que a história de Rubens Paiva e de sua família — especialmente a busca incansável de Eunice Paiva pela verdade e pela justiça — pôde ser contada graças ao trabalho da Comissão Nacional da Verdade”, escreveu.
Vitória brasileira no Oscar
Além de Melhor Filme Internacional, Ainda Estou Aqui foi indicado a Melhor Filme e Melhor Atriz, mas esses prêmios foram conquistados por Anora e Mikey Madison, respectivamente.
O filme retrata a trajetória de Rubens Paiva, deputado cassado e morto pelo regime militar, e o esforço de sua esposa, Eunice Paiva, para esclarecer sua história. A produção reforça a importância da memória histórica e da resistência contra a repressão.
Dilma Rousseff finalizou sua homenagem reconhecendo o talento da equipe envolvida no projeto. “Uma homenagem merecida ao nosso cinema, ao diretor Walter Salles, às atrizes Fernanda Torres e Fernanda Montenegro, ao ator Selton Mello e a toda a equipe do filme”, afirmou.