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Ouro Branco

Mudanças: O que esperar do verão e a distribuição das chuvas no Estado

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Por: Vinícius Ferreira

Com a chegada do verão, as temperaturas começam a subir e as pessoas se preparam para
aproveitar os dias ensolarados, com a sensação de ter “um sol pra cada um”, e em
dezembro de 2024, o calor foi unanimidade na capital do sol. Mas para o início de 2025, a
previsão do tempo para o verão trouxe uma nova perspectiva para os moradores do nosso
estado, já que as atualizações mais recentes indicam que mudanças significativas estão a
caminho.

O meteorologista da EMPARN, Gilmar Bristot conta em entrevista ao DIARIO DO RN que,
embora as altas temperaturas sejam esperadas, uma alteração nas condições climáticas já
estava prevista e pode impactar a dinâmica do verão. As chuvas devem continuar nos
próximos dias.

De acordo com Gilmar, o nordeste tinha um bloqueio climático, que se forma por um sistema
de alta pressão que se forma na troposfera, a camada inferior da atmosfera, e dificulta o
trânsito do vento e a chegada de chuvas. O meteorologista ainda afirmou que essa condição
de mais chuvas para janeiro já era o esperado.

“ A gente tinha analisado os modelos no final de dezembro e estava esperando essa
condição de mais chuva na primeira quinzena de janeiro. Isso demorou um pouquinho por
conta do bloqueio, que conseguiu ser dissipado, e aí as instabilidades que estavam atuando
nos estados vizinhos conseguiram avançar e chegar aqui no estado trazendo uma mudança
nas condições que estavam anteriormente, que era de céu claro, com temperaturas e
bastante umidade”. Contou Gilmar

Gilmar explicou que a grande concentração de calor foi porquê Natal está próximo do
oceano e a umidade fica sempre acima de 60% a 70%. “Isso aí se você não tem a
transformação dessa umidade em chuva, você tem a sensação térmica de mais calor a
umidade contribui para aumentar a sensação térmica, e essa condição foi o que trouxe esse
calor anormal para os meses de dezembro e janeiro”

O menino e a menina

O El Nino é caracterizado pelo aquecimento das águas do Oceano Pacífico equatorial. Esse
fenômeno pode provocar um aumento nas chuvas em algumas regiões do Brasil,
especialmente no Sul e Sudeste, enquanto o Nordeste pode sofrer com a seca.

Por outro lado, a La Niña é o oposto, com o resfriamento das águas do Pacífico. Esse
fenômeno geralmente traz chuvas mais abundantes para o Nordeste brasileiro, incluindo
Natal. Durante esses períodos, a cidade pode experimentar um aumento na umidade e nas
chuvas, o que favorece a agricultura e melhora os níveis de água em reservatórios.

A zona de convergência Intertropical (ZCIT), é o principal causador de chuvas no Nordeste
no período de fevereiro a maio, e segundo Gilmar, a La Ninã já está começando a atuar o
sistema zona de convergência: “ Isso é uma boa notícia para o agricultor, a outra boa
notícia é que há uma tendência de maior circulação dos ventos aqui sobre o Nordeste, com
maior distribuição de umidade e com maior facilidade de formação de chuvas. Então, isso aí
é uma característica imposta pelas condições da El Ninã”.

Para os próximos dias

Gilmar relatou que a EMPARN irá monitorar a situação, e no mais tardar a primeira semana
de fevereiro quando houver acesso a informações do Oceano Atlântico, em relação às
temperaturas do mês de janeiro, será possível definir um comportamento mais “afinado” do
período chuvoso de 2025.

“Não é o início propriamente dito do período chuvoso. Devido a um momento propício, nós
estamos com uma situação de baixa pressão aqui sobre o Nordeste, estamos com
instabilidades(climáticas) presentes”, Explicou Gilmar.

O esperado é que haja pancadas de chuvas no litoral norte-rio-grandense, e chuvas mais
contínuas no interior do estado.

Para a Agricultura

A orientação para o agricultor é que se eles tiverem condições de iniciar o plantio, as
preferências, as culturas propícias para esse período são o feijão e o sorgo. “ O feijão é uma
cultura de ciclo curto, e tem uma precocidade maior, e o sorgo que é uma cultura que é
resistente a um certo período sem chuva e que pode garantir a alimentação do rebanho, e a
feijão, pode garantir a alimentação humana” Relatou Gilmar.

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