Presidente foi ao aniversário do pastor; religioso criticou Lula, defendeu pautas de costume e pediu votos ao aliado
O presidente Jair Bolsonaro (PL) participou, na 5ª feira (15.set.2022), de um culto em comemoração do aniversário de 64 anos do pastor Silas Malafaia, na Igreja da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, no Rio. O religioso usou o altar como palanque, criticou o “politicamente correto” e pediu voto para a reeleição do chefe do Executivo.
“Não estamos votando por causa de um homem. Nós estamos votando sabe por causa de quê? Por causa de princípios e valores. Porque nós não vamos abrir mão de princípios e valores”, disse o pastor. “Uma sociedade onde o politicamente correto que é aplaudido. Quem defende droga, quem defende aborto, quem defende casamento gay, então, é aplaudido.”
“Não adianta chorar, nós vamos influenciar, sim. Nós somos cidadãos deste país. Se sindicalista influencia, se socialista influencia, se comunista influencia, nós vamos influenciar, sim”, completou.
Mais adiante, em referência ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Malafaia disse que corruptos não voltarão a governar o país: “Em nome de Jesus, como igreja, nós concordamos: corruptos, saqueadores da nação não retornarão ao poder”.
O discurso do pastor está em linha com a campanha do presidente. Vídeos lançados na 5ª feira (15.set) afirmam que o petista não foi inocentado pela Justiça. “A pior e maior mentira dessa eleição foi dizer que Lula foi inocentado”, diz o narrador da propaganda de Bolsonaro na TV.
Apesar de o culto ser em comemoração ao aniversário de Malafaia, o presidente roubou a cena. Subiu ao altar aos gritos de “mito” e foi citado por todos que discursaram. Sobre as pautas de costume mencionadas por Malafaias, disse: “Tem coisas que são muito caras a todos nós: o aborto, ideologia de gênero, drogas, propriedade privada e família”.
Também estavam presentes o governador do Estado, Cláudio Castro (PL), e o senador Romário (PL).
LÍDER ENTRE OS EVANGÉLICOS
Pesquisa PoderData divulgada na 4ª feira (14.set) mostra que Bolsonaro segue liderando entre os evangélicos. Já Lula tem a preferência entre os católicos.