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Zema, Castro e Moro declaram apoio a Bolsonaro; PDT se reúne para deliberar sobre Lula

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Candidatos no primeiro turno, Simone Tebet (MDB) aguarda MDB, PSDB e Cidadania para anunciar sua decisão; Ciro Gomes (PDT) deve se posicionar após reunião do partido

Ao longo desta semana, as campanhas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do presidente Jair Bolsonaro (PL) começam a se reunir com outros partidos em uma articulação na busca de apoio para o segundo turno das eleições presidenciais, marcado para 30 de outubro.

Nesta terça-feira (4), ambos candidatos não possuem compromissos de campanha públicos. O petista está, oficialmente, com a agenda vazia.

Apesar de oficialmente não ter compromissos de campanha, Bolsonaro se encontrou em Brasília pela manhã com o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), que foi reeleito no primeiro turno, e declarou apoio à candidatura do presidente.

Mais tarde, o presidente recebeu o governador reeleito do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL). “Não preciso lhe franquear o meu apoio porque esse o senhor já tem desde sempre. Mas dizer que o Rio de Janeiro vai se esmerar. Já tivemos mais de 800 mil votos de frente e agora vamos sacramentar a sua vitória, começando pelo Rio de Janeiro”, disse o governador.

Pelas redes sociais, o ex-juiz e ex-ministro Sergio Moro (União Brasil), que deixou o governo em 2020 rompido com o presidente, também declarou apoio a Bolsonaro nesta terça-feira (4). Senador eleito pelo Paraná, Moro escreveu: “Lula não é uma opção eleitoral, com seu governo marcado pela corrupção da democracia. Contra o projeto de poder do PT, declaro, no segundo turno, o apoio para Bolsonaro”.

Nesta terça (4), os presidenciáveis devem ter olhos atentos nas definições de posicionamento para o segundo turno por parte de Simone Tebet (MDB) e Ciro Gomes (PDT).

Tebet aguarda decisões de PSDB, MDB e Cidadania

Conforme anunciou após a apuração do primeiro turno, Tebet já tomou sua decisão, mas deu 48 horas para os partidos de sua candidatura se manifestarem – além do MDB, a federação formada entre PSDB e Cidadania.

O MDB está em consulta com os diretórios estaduais, mas não deu previsão para anúncio de decisão.

PSDB anunciou que a Executiva Nacional da sigla se encontrará nesta terça-feira (4) para decidir sobre a liberação de seus diretórios no segundo turno.

Também nesta terça, o Cidadania reunirá a direção do partido na terça-feira (4), ao meio-dia. Em nota enviada à imprensa, o presidente do partido, Roberto Freire, afirmou que encaminhou à Executiva Nacional posicionamento a favor de que a legenda declare apoio a Lula.

PDT antecipa reunião para deliberar apoio a Lula

O PDT de Ciro Gomes também iniciou conversas com os diretórios estaduais do partido para definir a postura da legenda na disputa presidencial.

Uma reunião de integrantes da executiva nacional do partido para discutir um apoio oficial ao ex-presidente Lula no segundo turno foi antecipada para o final da manhã desta terça (4).

No encontro, segundo dirigentes da legenda, serão apresentadas três propostas para serem incorporadas pela campanha petista caso o apoio seja aprovado pela cúpula nacional pedetista.

Elas são a adoção de uma renda mínima de R$ 1.000 à população de baixa renda, um programa de parcelamento de dívidas e a adoção de ensino em tempo integral na rede pública.

O candidato do partido ao Palácio do Planalto, Ciro Gomes, deve participar por videoconferência. Segundo dirigentes do partido, ele sinalizou ter menos resistência que em 2018 para um eventual apoio ao PT.

Segundo relatos feitos à CNN, os três prontos do programa de governo já receberam sinal positivo do PT para serem incorporados ao programa de governo de Lula. Uma consulta informal feita com integrantes da cúpula nacional mostrou tendência de apoio a Lula

Procurada pela CNN, a assessoria de imprensa de Ciro Gomes informou que ele se posicionará apenas após a reunião da executiva do partido.

Foco no Sudeste

Em uma reunião da coordenação de campanha petista nesta segunda (3), Lula avaliou que é necessário direcionar energia para o Sudeste do país – principalmente Minas Gerais, para garantir que a dianteira obtida no primeiro turno não se dissolva.

Para integrantes da campanha petista, o desempenho inferior ao que era esperado em São Paulo e em Minas Gerais, que juntos representam quase 51 milhões de eleitores, foi o fator decisivo para levar a disputa ao segundo turno.

Agora, a expectativa é de que o candidato a vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), entre em ação, intensificando a agenda, principalmente no interior paulista, para tentar reverter a vantagem bolsonarista no estado.

O foco na região Sudeste também será o norte da campanha de Bolsonaro para o segundo turno.

Na noite desta segunda (3), o Planalto ligou para apoiadores e políticos considerados importantes para a conquista de votos em São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro para um café da manhã no Palácio da Alvorada, nesta terça (4).

De acordo com uma fonte da coordenação da campanha de Bolsonaro, o atual ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira também deve colaborar nas conversar para angariar apoio nesses estados para o segundo turno.

Para a noite desta terça (4), o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, convidou bancadas eleitas de deputados federal e estadual, e prefeitos do partido para um jantar, com a presença do senador eleito pelo estado, Marcos Pontes, e do candidato ao governo, Tarcísio Gomes.

Zema declara apoio à candidatura de Bolsonaro

Em pronunciamento após encontro na manhã desta terça (4), o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), que foi reeleito no primeiro turno, declarou oficialmente seu apoio à candidatura do presidente.

“Eu acredito muito mais na proposta do presidente Bolsonaro do que na proposta do adversário. Até porque o adversário dele foi o mesmo adversário que eu tive em Minas Gerais”, disse Zema em discurso.

Em entrevista à CNN na segunda (3), o governador mineiro já havia dito que “seu grande objetivo [no segundo turno] é combater o PT”.

Partidos definem diretrizes para segundo turno

Apesar do candidato do Novo para o primeiro turno, Felipe D’Avila, ainda não ter se pronunciado, o partido liberou os filiados, dirigentes e mandatários a declararem apoio livremente no segundo turno das eleições presidenciais.

No entanto, a nota que anuncia a liberação pontua que “o partido se vê na obrigação de reforçar seu posicionamento institucional histórico totalmente contrário ao PT”.

O Democracia Cristã (DC), que teve José Maria Eymael como candidato no primeiro turno, também liberou os filiados para “votarem conforme a sua consciência”.

O Comitê Central do Partido Comunista Brasileiro (PCB), que teve a candidata Sofia Manzano no primeiro turno, deliberou o apoio a Lula para o segundo turno. “Faremos o balanço crítico na hora certa. Agora é Lula”, afirmou Manzano, no Twitter.

Já o Partido Social Cristão (PSC), que não se posicionou no primeiro turno, declarou apoio a Bolsonaro para a eleição do próximo dia 30.

O presidente do partido, pastor Everaldo, afirmou que Bolsonaro é o candidato que defende as bandeiras conservadoras do PSC.

Publicado por Léo Lopes, com informações de Gustavo Uribe, Basília Rodrigues, Rudá Moreira e Carolina Figueiredo, da CNN

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